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quarta-feira, 17 de agosto de 2011

Aprenda a tocar contra-baixo - Capítulos 1 a 5


Introdução:
Estaremos Juntos Aqui Viajando Pelo Mundo Dos Sons Graves.
Irei tentar colocar aqui apenas um apanhado das melhores dicas e técnicas sobre este instrumento que fascina a todos. Reuni informações junto a colegas músicos que servirão de base inicial para seus estudos.
Lembre-se que o contra-baixo não é um instrumento como o violão e a guitarra. Trata-se de um instrumento rico e muito útil para dar uma base à música e por isso seu aprendizado é técnico e bastante elaborado.
Mão às obras !
Capítulo 1: Contatos Imediatos I
Vamos Tomar Como Base No Decorrer Do Nosso Curso O Baixo De Quatro Cordas Por Ser Mais Acessível.
Em Se Tratando Da Relatividade Das Cordas, Temos, Como Um Padrão Mais Comum De Afinação Em 440htz,a afinação em A(lá) O Seguinte Valor Para As Cordas:
E---------------------------------------------------
A---------------------------------------------------
D---------------------------------------------------
G---------------------------------------------------
Ainda Falando Sobre A Questão Das Cordas, Que É Um Ponto Importante, Podemos Classificá-Las Quanto Ao Calibre.
Normalmente, As Cordas Com Calibre Menor(Mais Finas), Possuem Menos Sustain (Sustentação), Porém São Mais Macias Proporcionando Uma Ação Mais Baixa Ao Braço Do Instrumento.
*Ação:
Distância Das Cordas Ao Braço. Normalmente Quanto Mais Alta A Ação Mais Volume Teremos.
Uma Corda Com Calibre Maior, Possui Um Sustain Mais Forte, E Como A Tensão Do Braço Fica Um Pouco Maior Com Essas Cordas, A Tendência É Que Tenhamos Uma Ação Mais Alta No Braço. As Cordas Leves Estão Entre 0.35mm E 0.40mm, Se Você Quiser Uma Sonoridade Mais Forte, Pode Utilizar As De 0.45mm Que Atendem Perfeitamente Quando O Assunto É Peso.
Eu, Particularmente Prefiro As De 0.40mm, Por Proporcionarem Uma Maior Maciez Sem Prejudicar O Som, E, Na minha opinião, A Técnica.
A "Pegada" E O Estilo Musical Do Baixista Também É Determinante Para A Escolha Das Cordas. Um Baixista Com Uma Pegada Leve, E Que Utilize Ghost Notes, Tapping, E Outras Técnicas De Digitação (Calma!!! Vamos Falar Também Sobre Cada Técnica Dessa Em Separado...) No Decorrer De Sua Execução Se Sentirá Mais À Vontade Com Cordas Mais Leves. Isso É Uma Opinião Pessoal.
  • Tipos de Cordas
EXISTEM CORDAS FEITAS DE COBRE, DE COR VERMELHA. ALGUNMAS MARCAS SE ROMPEM FACILMENTE.

HÁ TAMBÉM CORDAS FEITAS DE BRONZE FOSFÓRICO, DE COR AMARELA. SÃO RECOMENDADAS PARA BAIXOS ACÚSTICOS TIPO "VIOLÃO" OU "BAIXOLÃO".
QUANTO AO TIPO, EXISTEM BASICAMENTE 3:

*ROUNDWOUND -
TIPO MAIS COMUM, E RECONHECIDO PELA ASPEREZA.

*FLATWOUND - SÃO FEITAS A PARTIR DE UMA TIRA RETANGULAR ENROLADA, O QUE A DEIXA MUITO LISA, E INDICADA PARA BAIXOS FRETLESS. ENTRETANTO, AS FLATWOUND TEM POR CARACTERISTICA SONORA O SOM MAIS PURO, ENQUANTO AS ROUDWOUND TEM O SOM MAIS "ENCORPADO".

*HALFFWOUND - QUE NADA MAIS É DO QUE UMA ROUNDWOUND TRABALHADA NA PARTE DE CONTATO COM O ESPELHO. NESTE TRECHO, ELA É LISA COMO A FLATWOUND. MAS NA PARTE DE "TOQUE", ELA É ÁSPERA COMO A ROUNDWOUND. COM ISSO, OBTÉM-SE UM SOM "ENCORPADO"MAS SEM DANIFICAR O ESPELHO.
É Sempre Muito Viável Contar Com O Auxílio De Um Luthier Para A Devida Regulagem Do Instrumento. Esse Profissional É O Responsável Direto Pela Maciez E Leveza De Ação Do Braço Do Baixo. Ele Está Devidamente Habilitado Para Regular Ponte, Tarraxas, Tirante, Etc...

*Tirante:
É A "Alma" Do Braço. Uma Haste De Metal Arqueada, Que Impede Que O Braço Do Instrumento Sofra Uma Tensão Exagerada Das Cordas.
*Tarrachas:
São As Responsáveis Pela Afinação Do Instrumento.
*Ponte:
Peça Localizada Na Parte Inferior Do Corpo Do Baixo, Onde Se Prendem Os Martelos Das Cordas.
Considerações Importantes
  • Melodia do Baixo
Sabemos Que O Baixo É, Basicamente, Um Instrumento Melódico, Sob O Aspecto Da Execução Comum, Por Não Trabalhar No Decorrer Da Música Com Montagem De Acordes. Contudo, Existem Situações Particulares Que Nos Permitem Essa "Regalia", O Que Enriquece Muito A Performance.
Estamos Falando Do Famoso "Tum... Tum Tum.."
Esse Tum...Tum Tum..., Às Vezes É Fundamental À Música, Porque Confere O "Groove" Necessário.
Um Bom Baixista Está Sempre Em Sintonia Com Seu Baterista!!!!
Nunca Se Esqueça Desse Detalhe!!
Baixo E Bumbo "Colados" É Seguramente, 60% Da Música. Principalmente Em Alguns Estilos Em Especial, Como O Funk, O Hip Hop, R&B, Etc...No Mais É "Colar" E Sentir O Balanço.
É Interessante Ouvir Também O Que Está À Sua Volta Na Música, Claro!
E Balançar Galera...Tem Que Balançar...Mesmo Que Seja Um Balanço De Cabeça, Só Pra Marcar O Ritmo, É Fundamental "Sentir" A Música; Assim Ela Te Ajuda. Fica Mais Fácil.
Existem Pessoas Que Não Tem Muita Facilidade Rítmica, Também Estaremos Trabalhando Esse Detalhe Aqui.
  • Tipos de Alças
Vamos Falar De Outro Ponto Muito Importante Que É Sobre A Alça A Ser Utilizada E Sua Regulagem.
Prefira As Alças Mais Largas. O Baixo É Um Instrumento Pesado, Principalmente Se For Feito Com Uma Madeira Boa, O Que Influencia No Som. A Angulação Correta Do Braço Esquerdo É De Noventa Graus, Em Se Tratando De Braço E Ante Braço. Se Você For Daqueles Que Adora Fazer Uma Pose, E Colocar Seu Baixo Lá No Joelho, Por Favor, Reveja Seus Conceitos. Essa É A Angulação Correta Para Que Se Possa Utilizar Todo Seu Potencial Técnico.
  • Posição dos Dedos
Com Relação À Posição Dos Dedos Da Mão Esquerda, Seguiremos Os Mesmos Padrões; Dedos Perpendiculares Ao Braço (Formando Um Ângulo De 90º) E Tocando As Cordas Apenas Com As Pontas. Mantenha Seus Dedos Nessa Posição E Você Verá Que As Distâncias Das Casas Ficarão Menores.
Sei Que É Difícil Perder Alguns Vícios, Mas Com Paciência, Chegaremos Lá.
  • Regras de Estudo
Antes De Estudar É Preciso Ter Me Mente Que É Preciso Aprender A Estudar, Pois Qualquer Estudo Feito Com Concentração E Consciência Por Mais Curto Que Seja, Será Mais Proveitoso Do Que Um Estudo Longo, Porém Dispersivo, Sem Atenção Devida.
Regra I:
Use Sempre Metrônomo, É Importante Para Manter A Pulsação, Ajuste O Metrônomo De Maneira A Tocar Os Exercícios Sem Erro E De Forma Confortável.
Regra II:
Organize Seus Estudos, Mantenha Sempre Um Objetivo, Escreva Um Tempo Determinado Para Cada Ponto Do Estudo, Ex: 15 Minutos Para Estudar Escalas, 15 Para Exercícios, Sempre Entre Uma Matéria E Outra De 3 A 5 Minutos De Descanso Para Você Mesmo, "Não Caia No Erro De Ficar O Tempo Todo Executando Aquele Slap Do Fulano De Tal, Que Você Não Vai Usar Em Música Alguma".
Regra III:
Lembre-Se Que Embora Você Sendo Baixista, A Linha De Estudo Que Se Deve Seguir É O Da Música Em Sua Totalidade, Pois Quando Se Está Num Grupo Musical Existem Outras Pessoas Executando Música Em Instrumentos Diversos, Por Mais Que Você Conheça O Baixo E As Técnicas Do Baixo, Será Necessário Conhecer E Conversar "Música", A Idéia É Fazer Música Com Seu Baixo E Não Tocar Baixo Com Sua Música. Para Tanto Devemos Considerar O Estudo Da Teoria Musical Como Algo Imprescindível Para Qualquer Instrumentista.
Regra IV:
Toque Sempre Devagar!!! Os Exercícios São Para Fazer Com Que Você Fique Preciso E Para O Som Das Notas Executadas Saiam De Forma Perfeitas, Não Tente Impressionar Com O Que As "Suas Mãos" Podem Fazer, Não Estamos Estudando Malabarismo, E Sim Música. Quando Tocamos Devagar, Damos Chance Ao Nosso Cérebro Decorar Aquele Caminho, A Velocidade Virá Decorrente Disto. "Conselho Prático".
Regra V:
O Estudo Pode Ser Dividido Em Três Partes Importantes, "Estude Com Um Professor", "Estude Em Casa Sozinho", Aplique O Que Você Estudou Em Grupo.
Uma Boa Idéia E Você Competir Com Você Mesmo, Tente Ser Melhor E Ter Mais Conhecimento A Cada Etapa, Isto Fará Com Que Você Progrida De Forma Acentuada No Estudo Da Música E Do Contra-Baixo.
"Anote Datas E Andamentos (Metrônomo) Para Perceber A Evolução"
Capítulo 2: Partes do Contra-Baixo
Iremos nesse capítulo fazer uma breve explanação sobre componentes do baixo elétrico. Esse conhecimento do instrumento é muito importante para seu aprendizado.
Vamos a elas:

PONTE - UMA PEÇA MUITO IMPORTANTE DO BAIXO. EMBORA PAREÇA QUE SEJA APENAS UM APOIO PARA AS CORDAS, É ELA QUEM FAZ A TRANSFERÊNCIA DAS VIBRAÇÕES DAS CORDAS PARA A MADEIRA DO CORPO. EM ALGUNS BAIXOS, AS CORDAS NÃO SÃO PRESAS NA PONTE, MAS SIM DIRETAMENTE NO CORPO, VISANDO UM MELHOR APROVEITAMENTO DOS GRAVES.

CAPTADORES - TÊM A FUNÇÃO DE TRANSFORMAR A VIBRAÇÃO DAS CORDAS EM SOM. ATRAVÉS DE INDUÇÃO MAGNÉTICA, O SOM É CAPTADO E TRANSMITIDO PARA A SAÍDA. ENTRE OS VÁRIOS MODELOS DE CAPTADORES, OS MAIS COMUNS SÃO O JAZZ(PADRÃO JAZZ BASS), PRECISION E PIEZO.

CORPO - RESPONSÁVEL DIRETO PELO TIMBRE DO INSTRUMENTO. ASSIM COMO NO VIOLÃO EXISTE A CAIXA ACÚSTICA, O CORPO DO BAIXO É QUEM VIBRA, DANDO SUSTAIN E GRAVE NECESSÁRIO AO BAIXO. É NO CORPO QUE SE FIXAM AS CORDAS, O BRAÇO E A PARTE ELÉTRICA. O PESO DO CORPO INFLUI TAMBÉM NO EQUILÍBRIO DO BAIXO E NO CONFORTO DO INSTRUMENTO.

MÃO - (PARTE ONDE SE PRENDEM AS CORDAS VIA TARRACHAS) - ALÉM DE SERVIR PARA FIXAÇÃO DAS TARRACHAS, TEM MUITA INFLUÊNCIA NO EQUILÍBRIO DO INSTRUMENTO. EXPERIMENTE TOCAR NUM BAIXO COM MÃO E NUM SEM (COMO FACTOR, STEIBERG), E SINTA A DIFERENÇA!

TARRACHAS - RESPONSÁVEL PELA AFINAÇÃO DO INSTRUMENTO, MERECE CUIDADOS ESPECIAIS QUANTO À MANUTENÇÃO E CONSERVAÇÃO.

BRAÇO - PARTE FUNDAMENTAL DO INSTRUMENTO, DEVE SER FIRME O SUFICIENTE E DE MADEIRA ESTÁVEL. REQUER CUIDADOS QUANTO AO USO DO TIRANTE, QUE É INTERNO AO BRAÇO (CONFORME EXPLICAÇÃO ACIMA). SEMPRE QUE SE TROCAR AS CORDAS, CHECAR SE A CURVATURA DO BRAÇO É ACEITÁVEL, E SE NECESSÁRIO, ATUAR SUAVEMENTE O TIRANTE.
TRASTES - SÃO AS PEQUENAS FAIXAS DE METAL QUE SE EXTENDEM AO LONGO DO BRAÇO, RESPONSÁVEIS PELA LIMITAÇÃO E LOCALIZAÇÃO DAS NOTAS. EM ALGUNS CASOS, É POSSÍVEL RETIRAR OS TRASTES PARA QUE SE TENHA UM BAIXO TIPO FRETLEES, QUE POSSUI UM SOM CONTINUAMENTE À BASE DE "LIGADOS",; E LOGO EM SEGUIDA RECOLOCÁ-LOS. DESDE QUE SEJA BEM FEITO ESSE TRABALHO, CLARO! É BASEADO TAMBÉM NESSE FATOR, ALÉM DE OUTROS JÁ CITADOS ACIMA, QUE SE OBTÉM AS VARIAÇÕES SONORAS QUE COMPÕE O INSTRUMENTO.
Capítulo 3: Tecnicamente Falando

Olá amigos!!!
Mais uma vez estaremos aqui para falar mais um pouco sobre o baixo. Nesse segundo capítulo, falaremos mais tecnicamente do instrumento para "facilitar a vida"dos marinheiros de primeira viagem.
Se você retornou a página e especificamente a essa coluna, é porque tudo isso te interessa, não é?
Que bom!!!
Parabéns pela coragem e pela vontade de melhorar, porque não adianta só fazer, tem que fazer bem feito!!! Já que nunca vamos atingir a perfeição, só nos resta sermos pelo menos muito bons no que fazemos. Como músico profissional, sei que existem milhares de outros tantos tão bons quanto eu...mas, o que nos torna diferente são os diversos traços pessoais e particularidades inerentes à raça humana, ou seja, personalidade.
E, para se tocar com personalidade, é preciso ter o conhecimento!!!
Chega de lero lero, e vamos ao que interessa.
Senhores, apertem o cinto, verifiquem os pára-quedas, chequem os tanques de oxigênio ou prendam a respiração....aí vamos nóóóóóóóóóóóóóss!!!!!
  • Questões Técnicas da Aprendizagem
Nesse capítulo, falaremos de questões técnicas, específicas para a mão esquerda. Já fiz uma breve explanação no capítulo anterior sobre o posicionamento dos dedos, mas nunca é demais recordar.
Lembre-se sempre de manter os dedos perpendiculares(formando um ângulo de 90º com o braço do instrumento) ao braço do baixo, pois o caminho aos diversos pontos da escala será mais fácil. Experimente tocar uma linha de baixo qualquer ou uma frase que você conheça, ou ainda "caminhar" no braço do instrumento com os dedos deitados, e logo em seguida faça a mesma coisa com os dedos perpendiculares ao braço. Notou a diferença?
Agora tente atingir o máximo de casas com o indicador (dedo um) na primeira casa, e o mínimo (dedo quatro), estando os dois dedos inclinados. Agora repita o processo com os dedos na posição correta. Ficou muito mais fácil não é?
Vamos a alguns exercícios para independência dos dedos da mão esquerda. Antes de começar, vamos a algumas explicações sobre os exercícios:
Os exercícios são para independência dos dedos, não para velocidade. Trataremos de velocidade em outro capítulo porque não adianta querer correr sem aprender a andar...he he he!!
Portanto, execute-os de forma lenta e constante, para que a sua mente se "acostume" a eles e conseqüentemente fiquem mais familiares aos seus dedos.
Se você errar, volte do princípio.
Caso não tenha um metrônomo, providencie um o mais rápido possível, e enquanto você espera chegar bata o pé em ritmo constante enquanto faz os exercícios.
Lembre-se de alternar os dedos da mão direita para cada nota tocada com a mão esquerda. Por enquanto utilize apenas o dedo indicador e médio (dedos um e 2) da mão direita.
Use um dedo da mão esquerda para cada casa.

* Dedos
Dedo indicador----------------- 1
Dedo médio ---------------------2
Dedo anelar ---------------------3
Dedo mínimo -------------------4

* Seqüências:
Casas
1234
1243
1324
1342
1423
1432

2341
2314
2431
2413
2134
2143

3124
3142
3214
3241
3412
3421

4123
4132
4231
4213
4312
4321

Faça o exercício preferencialmente começando na casa um.
Faça a seqüência quantas vezes quiser.
Altere as casas, começando na casa cinco, por exemplo.
Preste atenção à mão direita.

Durante o exercício, e também para tocar normalmente, convém prestar muita atenção à altura da alça utilizada. Sim, ela deve estar regulada de forma a que você possa manter seu antebraço esquerdo a noventa graus em rela cão ao braço. Isso é muito importante!!!
Caso contrário, sua técnica vai se perder. Sim é muito mais difícil tocar com o instrumento lá embaixo...mais isso não é mérito algum para que o faz, muito pelo contrário, denota total conhecimento técnico, e, na minha opinião, não deve ser seguido.
O que é mais importante?
Aparência ou sonoridade?
Eu fico com a segunda, e me preocupo apenas em colocar uma roupa legal para suprir a primeira...hehehe.
Agora vamos fazer um exercício muito parecido com o primeiro, para independência dos dedos também, mas com alternância de cordas.
Casas:
Descendo
1234
2345
3456
4567

Subindo
789-10
89-10-11
9-10-11-12
10-11-12-13

Esses são exercícios fundamentais tanto para iniciantes quanto para profissionais. Servem também para "esquentar" os dedos antes de apresentações.
"Perseverança" é a palavra chave para o sucesso!
Não desista, com três dias de execução regular dos exercícios você já notará a diferença. Quanto mais vezes você fizer, melhor ficará sua execução.
No próximo capítulo começaremos a fazer um apanhado sobre harmonia funcional, e quem sabe algumas técnicas de slap (gostou né?!)
Capítulo 4: Teoria Musical na formação dos Acordes
Nesta seção nós temos o início da teoria musical em termo de formação de acordes. Preste bastante atenção, pois pode parecer moleza, mas você iniciante precisa estar a par dos conceitos abaixo, pois eles serão fundamentais em nosso aprendizado. Então vamos a eles:
Música = Arte científica de combinar os sons de modo agradável ao ouvido, obedecendo aos critérios do ritmo, melodia e harmonia.
Rítimo = São movimentos em tempos fracos e fortes com intervalos regulares. O rítimo faz a música andar.
Melodia = Sucessão rítmica, ascendente ou descendente de sons simples, a intervalos diferentes e que encerram certo sentido musical. A melodia faz a música ter vida.
Harmonia = São notas diferentes executadas juntas em conformidade ou em harmonia entre si formando uma cossonância lógica. Sua função é dar vida a música.
Em síntese, a música é feita pela execução de acordes diferentes, mas que tenham coerência entre elas.
Os Acordes
Antes de tudo, quero deixar uma coisa bem definida: Nota é diferente de Acorde pois:
Nota: É a menor divisão de um acorde, ou seja qualquer barulho é uma nota.
As notas, por sua vez, estão contidas dentro de uma série de oito notas musicais mais conhecida como "escala cromática" com intervalos de tom e semitons entre uma nota e outra, começando e terminando com a mesma nota, Ex.: Dó, Ré, Mí, Fá, Sol, Lá, Sí,Dó.
Acorde: É a união de várias notas, em harmonia, formando assim um único som.
Os acordes podem ser classificados em:
·         Maiores Þ São as notas puras, sem nenhuma distorção ou mistura com outras notas, ex.: C, D, E, F, G...
·         MenoresÞ É a união de três tons e um semitom.
·         SustenidoÞ Faz com que a nota seja enviada seja elevada meio tom. C#m, G#, F#m, etc...
·         BemolÞ Faz com que a nota seja abaixada meio tom, ex.: Bb, Ab, etc...
·         DissonantesÞ É uma nota que causa uma dissonância e produz uma distorção e não condiz com o real absoluto, deixando o iniciante confuso e ao iniciante fascinado! ex.: A4, B5+, etc...
·         CossonantesÞ São notas que se misturam à outras, ex.: C/G, G/F, etc....
·         TomÞ É a distância entre dois tons, ex.: C-D,F-G, etc...
·         SemitomÞ É a menor distância entre dois tons, ex.:C-C#, D-D#, etc...
Para que todo o mundo falasse a mesma linguagem na música, foi desenvolvido um sistema, que consiste em representar as notas e os acordes pelas letras do nosso alfabeto, em qualquer parte do mundo a representação será a mesma. O gráfico mostra o acorde(acima) e a nomenclatura(abaixo).

Sol
C
D
E
F
G
A
B

Formação de Acordes

Os acordes são formadas pela parte melódica e pelo baixo, a parte melódica é geralmente formada pelas três primeiras cordas e o baixo é feito na casa correspondente nas três ultimas cordas, ou seja, cada casa representa uma nota, e o baixo é feito na casa correspondente ao acorde, elas estão assim dividas. A melodia do acorde é formada pela união de graus como veremos a seguir.

Notas
C
D
E
F
G
A
B
Graus
1o
2o
3o
4o
5o
6o
7o
Sendo assim, montaremos o acorde de Dó como exemplo, Todo acorde é formado pelos 1a, 3a e 5a graus, ou seja, Dó é formado por C, E e G, e todas os outros acordes são formados da mesma maneira..


Dissonantes


As dissonantes são acordes com alteração de graus na sua formação, são elas que dão o brilho na música. Os acordes são formados através dos graus 1o, 3o e 5o da escala, e agora veremos que todos os graus presentes entre eles são considerados dissonantes!

Vamos a escala de C(dó).

Notas
C
D
E
F
G
A
B
Graus
1o
2o
3o
4o
5o
6o
7o

Ou seja, o acorde de C é formado pelos graus 1O , 3O e 5o ou seja, C, E e G! Agora :C, E e G# formam a C5+ pois o 5o grau foi aumentado em meio tom. E para montar uma dissonância menor é só diminuir o grau! Assim:

1O , 3O e 5o formam o C, mas se baixar-mos a 5o em meio tom será um C5-.
Os consonantes são um pouco mais fáceis de ser montado, basta apenas trocar o baixo original pela nota que se deseja! Assim: C= 1O , 3O e 5o graus mais o baixo em C, se você deseja fazer um C/B é só fazer a melodia de C= 1O , 3O e 5o graus e ao invés de fazer o baixo na nota C, fazer no B.

Capítulo 5: Afinando seu Contra-Baixo
Olá caro baixista, vamos falar de algo bem básico, mas que requer atenção, principalmente para você que está começando agora e não tem noção do que se trata: a afinação.
Os acessórios mais importantes que você pode ter para afinar são seus ouvidos. Por isso eduque-os com paciência.
Para afinar o baixo temos que primeiramente acertar uma das cordas através do "Diapasão", procure sempre manter seu instrumento no diapasão, esta é a melhor referência para seus ouvidos.
·        Existem três tipos de diapasão:
1) Diapasão de garfo - Emite a vibração da nota Lá.  Como a terceira corda do baixo solta é justamente a nota Lá basta acerta-la com o diapasão e depois, usando-a como referência afinar as demais cordas.Você vai perceber que o diapasão emite um Lá bem agudo enquanto a corda Lá do baixo é bem grave, no começo é um pouco difícil acertar as mesmas notas em oitavas tão distantes por isso aí vai uma dica:
DICA: Sem apertar a corda coloque o dedo suavemente sobre o traste à frente da quinta casa na corda Lá, isto produzirá um "Harmônico Natural". Este harmônico é a nota Lá também. Agora fica mais fácil de comparar com o diapasão.
2) Diapasão de sopro - É um apito que emite o som da nota Lá na mesma altura da corda solta. Há também modelos com seis apitos, cada um emitindo o som de uma das cordas do violão.
3) Diapasão eletrônico - Este aparelho capta o som da corda e indica se está na altura correta ou não, mostra através de um led ou uma seta se é preciso tencionar ou afrouxar mais a corda até chegar na altura exata. Apesar de muito útil para shows ao vivo, palcos escuros, etc. este diapasão não deve ser usado como desculpa de quem não consegue afinar o instrumento, qualquer pessoa pode treinar o ouvido a ponto de reconhecer quando as notas estão igualadas e portanto afinadas.           
Após adquirir um diapasão tenha o hábito de sempre manter seu instrumento devidamente afinado de acordo. Como sabemos este instrumento geralmente tem quatro cordas que devem ser contadas de baixo para cima, ou da mais fina para a mais grossa: a primeira é a corda sol, a segunda é a corda Ré, a terceira é a corda Lá e a quarta é a corda Mi. Como percebemos cada corda solta leva o nome de uma nota musical, memorize-as.
Supondo que você já tenha ajustado o som da terceira corda (Lá) com o diapasão a maneira mais comum de afinar o instrumento é igualando o som emitido quando se aperta a quinta casa de uma corda com o som da corda abaixo solta.
 Veja o gráfico abaixo e interprete como as cordas de seu instrumento devem ser afinadas:
Primeira  corda  ( SOL )                              0       
Segunda  corda    ( RE )                     0        5       
Terceira  corda    ( LA )            0        5                
Quarta  corda     ( MI )         5                           
Muita gente pode perguntar como ficaria no caso dos baixos de cinco ou de seis cordas. Simples. Vamos a resposta!
O baixo de cinco cordas recebe uma corda mais grave, a corda SI. A ordem das cordas fica então "Sol, Ré, Lá, Mi e Si" e o processo de afinação é o mesmo: igualar o som da quinta casa com a corda abaixo solta.
Em relação ao baixo de cinco cordas o de seis recebe mais uma corda aguda, é a corda Dó. Portanto a ordem das cordas será: Dó, Sol, Ré, Lá, Mi e Si.

Há outras maneiras de se afinar o instrumento e uma delas é gerando um harmônico sobre o quinto traste de uma corda e igualando-o com o harmônico gerado no sétimo traste da corda abaixo. Não se pressiona a casa, basta encostar levemente o dedo bem em cima do traste indicado.

Obs.: Nem todos os trastes produzem harmônicos.

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